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Impressão digital somado ao recorte

A evolução dos equipamentos para confecção de adesivos com a sobre posição de diferentes camadas de vinil recortado tem possibilitado produtos cada vez mais complexos. O emprego de tais técnicas, somadas aos diferentes processos de produção de impressos digitais, viabiliza criações com formatos e aspectos dos mais livres e impensados antes da existência desses recursos.

Corte simples, corte duplo, sangramento

Todo o impresso possui um formato final, a operação que, em geral determina esse formato é a de corte. Quando o aspecto final do impresso exige cortes em curvas e espaços vazados, usa-se uma faca de corte & vinco para se obter tais formatos. Mas quando o corte é simplesmente reto, ainda que não ortogonal (90º), usa-se o recurso da guilhotina para o corte do impresso. Caso o impresso tenha uma margem com um fundo contínuo, em branco ou mesmo em cores, é possível acabar o produto com um único corte de separação entre os diversos exemplares impressos na folha de formato grande; mas caso haja alguma imagem que não permita a continuidade entre os fundos é preciso a execução de um corte duplo, o primeiro corte separa os impressos e a segunda operação elimina a área de sangramento (excedente da imagem posto no trabalho para evitar o aparecimento de filetes brancos, denominados unhas). O tamanho ideal da área de sangramento varia entre 3 e 5 mm. Um impresso, sem a possibilidade da formação de um fundo contínuo entre os exemplares, que seja acabado com corte simples certamente apresentará unhas e filetes do exemplar que estava impresso ao lado na montagem da folha de impressão.

Facas de corte & vinco

Quando um impresso possui cortes em curva, espaços abertos ou detalhes recortados em ângulos é necessário a confecção de uma faca de corte & vinco. Como o próprio nome indica, essas peças são destinadas as operações de cortes especiais - com formatos que não podem ser executados pelas lâminas das guilhotinas - e/ou a necessidade da produção de vincos para facilitar processos de dobra dos impressos. As lâminas destinadas aos cortes são dotadas de fio e as lâminas direcionadas para a formação de vincos são "cegas", formando nos papel uma área onde há compressão do papel, o que propicia a dobra naquele ponto específico. Há também a possibilidade do uso de lâminas especiais que produzam picotes e cortes intermitentes.

Uso de papéis diferentes em livros

O papel sempre foi um problema na impressão de livros. Os velhos códices nasceram com suas páginas de pergaminho grafadas manualmente, mas atualmente a impressão digital por demanda permite que um relativamente pequeno equipamento produza em minutos aquilo que copistas e iluministas levavam meses de trabalho.
Normalmente para um livro de texto a opção mais utilizada hoje no mercado são papéis mais encorpados e sem alvejantes - que aumentam a reflexão de raios UV e, por isso, dão aparência de "mais brancos" -, preferencialmente com coloração levemente amarelada ou pardacenta, os chamados off-white. No entanto, se a publicação necessita imprimir imagens essa opção complica em relação ao realismo das cores.
No caso do original apresentar imagens coloridas a melhor opção é trabalhar com um papel sem alvejante, mas igualmente sem colorantes na massa de formação. Uma vez que o suporte de impressão é determinante na visualização final das cores o mais importante é que seu tom seja de branco limpo, sem recursos como alvejantes ou pigmentos.

Chapados sem falhas

Para se obter um fundo chapado em uma determinada cor sem que se tenha a presença de falhas ou que a cor fique esmaecida o "truque" é imprimir a cor de fundo duas ou mais vezes, fazendo com que a sobreposição de camadas de impressão gere um fundo plenamente preenchido e com uma quantidade de pigmento tal que faz a correta reflexão da luz para formação da cor na visualização. Nesse tipo de recurso o que determina quantas entradas são necessárias é a tonalidade da cor, quanto mais clara for a cor mais entradas serão necessárias para que o chapado fique bem impresso.

Cores de impressão

As cores das tintas gráficas devem ser controladas, ou as imagens impressas sofreram distorções em suas tonalidades. A forma correta de controlar as cores de impressão é através da medição da densidade ótica das películas de tinta aplicadas pela impressão sobre o papel. Através dessa técnica podemos facilitar o acerto das cores, manter a consistência delas durante o processo de impressão, controlar as cargas das cores especiais e operar dentro dos limites técnicos dos equipamentos de impressão.

Cold stamping

A aplicação de películas plásticas sobre impressos é uma operação de acabamento já consagrada. Tradicionalmente realizada com uso de calor - hot stamping -, essa tecnologia passou por um novo desenvolvimento e pode ser realizada igualmente a frio, apenas com a aplicação de adesivo, o que já é utilizado até mesmo na fabricação de cédulas. A técnica do cold stamping pode se definida como a aplicação de um filme metalizado sobre o material impresso, por meio de uma fina camada de adesivo, que é impressa através de processos como a flexografia e a serigrafia e promove o recorte e a fixação do filme metálico sobre o impresso. Pode ser aproveitada também para a aplicação de películas holográficas e, nesse caso, poderá servir como elemento de segurança, como nas cédulas de Real mais recentes.

Características e componentes das tintas gráficas

As tintas gráficas são formadas basicamente por pigmentos, veículos e aditivos.
Os pigmentos são substâncias que dão cor à tinta, podem ter diversas origens, sendo naturais ou sintéticos, orgânicos ou inorgânicos. A concentração de pigmentos nas tintas gráficas pode variar bastante e em função de muitas coisas, cada tipo de processo de impressão ou até mesmo de impressora pode demandar concentrações diferentes, além de existirem tintas de alta concentração para avivar as cores de determinados impressos.
Os pigmentos também são responsáveis por determinadas características das tintas, em especial a permanência ou resistência (capacidade da tinta de resistir a ação do tempo e das intempéries) e a cobertura (capacidade de formar a película na espessura correta e dotando a impressão da cor necessária).

Características e componentes das tintas gráficas II

As tintas gráficas podem secar de diferentes formas, mas o objetivo é a formação de uma película uniforme que envolva e fixe os pigmentos no suporte de impressão. A secagem pode se dar por evaporação de parte da tinta, por absorção pelo suporte ou por polimerização (se for por ação do oxigênio o processo é chamado de oxidopolimerização) ou por cura instantânea por ação de radiação Ultra-Violeta. Na secagem por radiação UV a camada de tinta, ainda que líquida, por ser reativa a esse tipo de radiação seca instantaneamente se convertendo em uma camada sólida.

Características e componentes das tintas gráficas III

As substâncias responsáveis pela solução dos pigmentos são chamadas de veículos. Na busca por melhores condições de impressão e pela redução dos índices de poluição na indústria gráfica foram desenvolvidas tintas offset tipo BIO, produzidas tendo óleos 100% renováveis como veículo. Como atuam na redução das emissões de Compostos Orgânicos Voláteis (VOCs na abreviatura da expressão em inglês) são consideradas um avanço no aspecto ecológico, mas também melhoram aspectos técnicos.
Tintas com vernizes vegetais como veículos apresentam melhor poder de umectação dos pigmentos, o que melhora a printabilidade e determina um desempenho na impressão superior ao das tintas convencionais, nessas tintas as imagens impressas apresentam maior brilho. Dentro do rol de tintas vegetais fabricadas estão as do tipo board, muito bem adaptadas aos suportes de difícil ancoragem, com maior exigência de resistência a abrasão e mais difíceis de acabar, como os couchés foscos, por exemplo.

Impressão sobre filmes plásticos

Os impressos que passam por aplicação de filmes plásticos no acabamento de um modo geral ficam com superfícies que não apresentam condições ideais para a fixação de novos revestimentos, o que implica em sérios problemas para a realização de mais alguma operação gráfica posterior, como a aplicação de tintas ou vernizes a aposição de adesivos ou a metalização. Isso acontece muito em função de que as superfícies dessas películas não são porosas, são geralmente quimicamente inertes e/ou apresentam baixa energia superficial. Dentre esses problemas a baixa energia superficial é a característica menos conhecida.
Responsável pela molhabilidade da superfície, uma baixa energia superficial gera o problema de aglutinação em gotículas de qualquer líquido impresso sobre a superfície de um filme plástico, quando o que deveria ser obtido é uma fina película uniforme. A solução desse problema pode passar pelo tratamento de corona, que consiste na aplicação de descargas eletrostáticas sobre a superfície do filme, ou pelo tratamento com chama química, que é obtida a partir da combustão de um gás e atua sobre a superfície do filme plástico, que sofre imediato resfriamento.

Impressão Zink - Zero ink

Um novo tipo de impressão térmica, realizada sem cartuchos, começa a ser mais visível no mercado. Denominada Zink (contração da expressão inglesa zero ink) funciona a partir de papéis nos quais cristais que permanecem incolores até a impressão e são preparados para gerar áreas nas cores amarelo, ciano e magenta estão dispostos em uma camada recoberta por outra de polímero, que também tem função protetora. O chamado papel Zink se parece com um papel fotográfico branco comum e já é disponível no mercado nos formatos 5×7,5cm e 10×15cm. O princípio de impressão é baseado na característica de amorfocromia dos cristais zink.

Padrões de fontes e fechamento de arquivos

Para se evitar problemas no fechamento dos arquivos também é muito importante conhecer os possíveis padrões de fontes e escolher o mais indicado em cada situação.
O padrão TrueType, desenvolvido pela Apple e posteriormente adotada pela Microsoft, está incluído nos dois principais sistemas operacionais (MacOS e Windows), apesar de mais baratas para a aquisição, costumam serrilhar acima de corpo 40 (cerca de 10 mm de altura), não são completamente compatíveis com linguagem PostScript e precisam de adaptações para serem corretamente impressas em impressoras que usam esse tipo de linguagem, além de gerarem uma quantidade maior de nós na conversão em curvas.

Padrões de fontes e fechamento de arquivos II

O padrão PostScript, também chamado de Tipo 1 (Type 1), desenvolvido pela Adobe, é o menos difundido no Brasil, em especial pelos valores para a aquisição. São completamente compatíveis com a linguagem PostScript, como o nome indica, e cada fonte é formada por dois arquivos, um com a extensão pfb (para impressão) e outro com a extensão pfm (para exibição em tela), esses arquivos são armazenados em diretórios próprios no HD. Podem ser utilizadas sem problemas em impressoras com outras linguagens que não a PostScript.

Padrões de fontes e fechamento de arquivos III

O padrão OpenType, também chamado de TrueType 2, desenvolvido pela Microsoft e pela Adobe entre 1996 e 2000. Os arquivos de suas fontes podem apresentar a terminação .otf, mas também .ttf (quando o arquivo é originário da conversão de uma fonte TrueType). São fontes de arquivo único, multiplataforma, compatíveis com as linguagens de diferentes impressoras e com maior quantidade de caracteres.

Padrões de fontes e fechamento de arquivos IV

Com relaçoa aos aspectos de qualidade e confiabilidade dos padrões de fontes (TrueType, PostScript e OpenType) é preferível trabalhar com as duas últimas para o processamento em impressoras high-end, pois caso se utilizem fontes do tipo TrueType elas serão adaptadas/convertidas pelo drive da impressora para o padrão PostScript, o que pode ocasionar impressões com texto recorrido ou a troca de fonte pela fonte Courier.

Problemas com fontes em fechamento de arquivos

É preciso muito cuidado com o uso de fontes no fechamento de arquivos. Segundo pesquisas recentes as fontes são responsáveis por cerca de 60% dos problemas que ocorrem no processamento de trabalhos gráficos com uso de arquivos digitais.
Os problemas mais comuns são: a troca de fontes ou de caracteres de partes do texto, a troca de estilo (bold, italic, redondo, etc.), a falta de acentos ou a troca de caracteres acentuados por outros, a baixa qualidade dos tipos gerando facetamento ou serrilhamento e o refluxo do texto causando a perda da diagramação.
Boa parte desses problemas é gerada quando os arquivos de fontes não são de boa procedência, são de baixa qualidade ou incompatíveis com a linguagem PostScript.

Formatos da imagem digital para impressão

Há diversos formatos para o registro de imagens digitais em uso no mercado. Cada um deles foi concebido para uso em uma finalidade específica, mas com o passar do tempo alguns foram adaptados ao uso em outras áreas de aplicação.
Desde a criação do formato BMP que os bitmaps fazem parte dos arquivos utilizados para a impressão, ainda que por vezes criem mais problemas que soluções.
No mercado atual os formatos JPG e TIF são os dois mais utilizados em função de suas características desenvolvidas para garantir qualidade e/ou desempenho no processamento dos arquivos.

Desenvolvendo um leitor com o projeto gráfico para livros destinados ao público infanto-juvenil

Muitos estudiosos dizem que as crianças aprendem por mimese, ou seja, observando e imitando os adultos. Ainda que isso não seja uma verdade absoluta, é certo que esse tipo de comportamento existe. Estudos sobre a formação dos leitores indicam que a observação dos pais lendo tem influência direta na consolidação dos hábitos de leitura dos filhos.
Por isso, quando um designer ou produtor editorial concebe o projeto gráfico de um livro destinado ao público que se inicia no hábito da leitura deve pensar na relação do jovem leitor com o objeto e na experiência da observação dos pais no momento da leitura.
O tempo que o jovem leitor leva para conseguir terminar um par de páginas deve ser próximo ao de um adulto para realizar a mesma quantidade de leitura. Dessa forma não haverá desestímulo do jovem leitor em função de não possuir a mesma competência leitora dos adultos que observa.

Desenvolvendo um leitor com o projeto gráfico para livros destinados ao público infanto-juvenil II

Desde muito tempo que a ilustração desempenha um papel importante na formação do público leitor. Inicialmente tratadas como meras transposições visuais das descrições textuais, as ilustrações ganharam progressivamente espaço nas produções editoriais destinadas aos leitores mais jovens.
Atualmente os conceitos de livro ilustrado e livro de imagens atestam a importância que o campo da imagem ganhou na estrutura das narrativas.
Uma boa ilustração não pode apenas "transcrever" para o visual os detalhes descritos no texto que a acompanha, ela deve levar o leitor à ampliação do conteúdo, deve contribuir para construir sentido por vezes até mais do que o texto escrito.
Nas publicações destinadas aos leitores que se iniciam a atratividade e as possibilidades semânticas das imagens são fortes aliadas dos autores para desenvolver e incentivar o hábito da leitura.

Corpo de texto

O corpo de uma tipologia é a altura total de seu desenho expressa em pontos tipométricos. Cada tipologia apresenta uma legibilidade diferente, não só pelo tamanho que é aplicada como também pelo seu desenho. Por isso não é possível falar em uma tabela de aplicação que sempre funcione, Mas, em geral, a altura mínima para termos conforto na leitura é o corpo 8 e a ideal é o corpo 12, na maioria das tipologias. Quando trabalhamos com idosos devemos procurar utilizar corpo 14, para facilitar a leitura; com crianças há variação de acordo com a faixa etária: em fase de alfabetização corpo 32 para facilitar a identificação das letras, entre 7 e 9 diminuir até o corpo 20 para permitir leitura mais rápida, entre 10 e 12 anos até corpo 14, de 12 anos em diante corpo 12.

Alinhamento de texto

Os textos existentes em um impresso podem ser alinhados de forma bastante diferente nas colunas a eles destinadas, e com efeitos visuais e legibilidade igualmente diversos em cada tipo de alinhamento de texto.

Quando a composição se encontra com todas as linhas começando e terminando nos extremos da coluna de texto, exceto a primeira e a última de cada parágrafo, chamamos o texto de blocado ou justificado. O termo blocado, como é fácil deduzir, vem da aparência de bloco que a mancha gráfica assume nessa disposição; já o termo justificado tem outro tipo de origem: ele foi extraído do fato de que na composição manual esse tipo de texto é obtido com o ajuste dos tipos móveis à largura ajustada no componedor para ser o padrão da coluna.

Quando a composição apresenta linhas começando sempre no extremo esquerdo da coluna de texto, mas terminando irregularmente, chamamos o texto de alinhado à esquerda.

Já quando a composição apresenta linhas começando irregularmente, mas sempre terminando no extremo direito da coluna de texto, temos o que é chamado de texto alinhado à direita.

Mas quando a composição tem suas linhas distribuídas com simetria com relação ao eixo central da coluna de texto a chamamos de centralizada.

Arrancamento

Quando o tack (pega) da tinta está muito elevado é possível que ocorra arrancamento no impresso, um defeito que acontece quando pedaços do papel são arrancados pela película de tinta formada na superfície do cilindro caucho (no caso de impressão offset). Um teste prévio da capacidade de resistência do papel pode evitar esse problema. Nos casos em que a alteração das características da tinta é o fator que ocasiona o problema a solução passa pela redução do tack (com a adição de solvente). Por vezes a velocidade na qual a impressora está rodando também pode causar esse tipo de problema, e a diminuição da velocidade pode ser a solução.

Impressão de chapados e sentido de fibra

Muitas vezes, em um impresso com áreas chapadas e dobras, ocorrem quebras da superfície do filme de tinta após a secagem e a conclusão das dobras. Em geral isso somente ocorre nas dobras que são programadas de forma transversal ao sentido da fibra do papel.

Cromalin

Cromalin é um sistema de provas a seco da empresa DuPont que trabalha com camadas de polímeros sensíveis a luz ultra-violeta. Devido ao brilho é indicado para impressos que serão impressos em papéis com acabamento brilhoso ou terão sua superfície plastificada.

O fim do fotolito

No mercado gráfico contemporâneo o tradicional fotolito praticamente deixou de existir, ao menos fisicamente falando. As muitas empresas que se dedicavam com exclusividade a esse tipo de operação ou simplesmente deixaram de existir ou mudaram de ramo, partindo para gravação de matrizes digitais, o fechamento de arquivos ou simplesmente prestando serviços de captura e manipulação de imagem. No entanto, toda uma série de atividades necessárias ao bom processamento das imagens para sua reprodução impressa não deixou de ser realizada. Inseridas no meio digital a maior parte delas, talvez a sua totalidade seguem sendo realizadas, muitas vezes sem a percepção por parte do design ou comunicador de que "sobrou para ele" assumir essa responsabilidade. Boa parcela das atividades tradicionais dos fotolitos é efetuada hoje no fechamento dos arquivos e, ao contrário de tempos passados, a possibilidade de se perceber algo errado deixou de ser material para passar para a checagem virtual. Daí a importância de não se operar simplesmente acreditando que as opções defaults dos programas são as únicas a serem utilizadas.

O fim do fotolito 2

A preparação dos antigos fotolitos era efetuada de acordo com a destinação que eles teriam. As opções relativas a possuir imagens em negativo ou em positivo, com sentido correto de leitura ou no sentido espelhado eram visíveis quando do manuseio dos filmes. Já no fechamento de arquivos essas opções devem ser definidas em função da aplicação final dos arquivos. Por exemplo: os parâmetros desse tipo para o fechamento de arquivos para geração de fotolitos digitais para gravação convencional de matrizes para impressão offset é exatamente o inverso dos que devem ser utilizados para a gravação direta de matrizes de impressão offset em sistemas de CTP - Computer to plate.

O fim do fotolito 3

A confecção dos fotolitos tradicionais era efetuada a partir de artes-finais físicas e isso impedia que as tipologias utilizadas fossem trocadas. Apesar de óbvia, a informação anterior demonstra a razão pela qual na época do fotolito convencional a troca de fontes não existia. Foi apenas quando foi iniciada a utilização de arquivos digitais para a produção de fotolitos digitais que esse problema surgiu. O erro da não incorporação das fontes aos arquivos fechados já gerava prejuízos na gravação de fotolitos digitais com a gravação direta de matrizes de impressão isso passou a ser ainda mais grave. Cuidado com fontes baixadas de sites na internet ou "pirateadas", muitos desses arquivos são apenas para visualização em tela e acabam causando problemas no fechamento dos arquivos para impressos.

Perdas na produção

Perdas em processos produtivos são fatos inevitáveis, porém controláveis. No decorrer do processo gráfico é comum (e não normal) que ocorram perdas. O acerto da impressão, eventuais problemas com a passagem do suporte de impressão pelo equipamento, ajustes no registro entre cores, oscilações nas operações de acabamento, tudo isso pode resultar em percentuais elevados de perdas processuais seja a partir de equívocos nos projetos, seja pela simples execução das operações industriais. Uma das principais fontes de problemas que acarretam nessas perdas é a dificuldade na comunicação entre designeres, publicitários e editores de um lado e gráficos do outro. Uma boa compreensão das atividades de produção envolvidas é de fundamental importância para se evitar tais problemas.

Perdas na produção 2

O setor de acabamento é, em geral, onde as perdas aparecem mais claramente. Mas não só as perdas provocadas pelas operações de acabamento se tornam visíveis ali, muitas vezes o problema foi gerado no projeto e somente quando o impresso vai ser posto em seu formato final ele se torna perceptível. Como na maioria das vezes os projetistas desconhecem que pequenos detalhes podem provocar grandes dificuldades, insistem em determinados aspectos visuais que causam este tipo de situação.
Dois bons exemplos disso são:
1 - As aplicações de tipologias finas vazadas sobre imagens coloridas ou em fundos com cores compostas, o que ocasiona dificuldades no registro entre as cores de impressão.
2 - As lombadas de livros feitas em cores muito contrastantes com as 1ª e 4ª capas, o que gera perdas pela necessidade de um encaixe muito preciso entre capa e miolo.

Perdas na produção 3

Um dos problemas que mais frequentemente causam grandes perdas na impressão são os erros de registro entre as cores de impressão. Os impressos que sofrem com essa dificuldade quase sempre padecem desse mal por conta de determinações de projeto que tornam o trabalho do impressor algo bem mais difícil do que seria razoável. Como o papel trabalha durante o processo, as chapas são aprisionadas por tensão, a temperatura ambiente provoca dilatações e/ou contrações de insumos, etc. não existe equipamento que assegure 100% de registro entre as imagens impressas de cada cor. Imagens muito pequenas cujas cores finais serão compostas por combinações entre as cores de impressão em geral provocam perdas, pois a oscilação de registro provoca uma imagem que mais parece duplicada que fora de registro.

Provas digitais e tintas metalizadas

Já há um bom tempo que as provas digitais estão se tornando o padrão do mercado gráfico, mas no caso de impressos que utilizem tintas metalizadas ou perolizadas sua qualidade ainda é bem deficiente. Nessas situações o mais indicado segue sendo a boa e velha prova de prelo.

Chapas de fotopolímeros e impressão tipográfica

Há algumas décadas os especialistas julgavam que o processo de impressão tipográfica estava fadado ao desaparecimento. Com a invenção das chapas rígidas de fotopolímeros algumas gráficas passaram a realizar impressões tipográficas com porta matrizes adaptados ao uso desse tipo de matriz. Mais recentemente, a formação de um mercado de impressos de luxo com aspectos artesanais renovou o uso do processo tipográfico. A conjunção desses fatores permite um resultado de melhor qualidade, pois nas chapas de fotopolímero a formação dos grafismos é feita com um detalhamento mais delicado e de melhor acabamento que nos velhos tipos de chumbo ou os clichês de zinco.

Detalhes visuais finos e a escolha dos papéis

A escolha do papel para a impressão do trabalho influencia diretamente em certos detalhes visuais dos projetos gráficos. Papéis com acabamento superficial de baixa qualidade, muito porosos, com irregularidades ou mesmo os que soltam fibras pela pouca colagem não devem ser escolhidos para projetos que tenham detalhes muito delicados, como fios finos, retículas de alta resolução ou letras com hastes de pouca espessura (do tipo light ou contrastadas como as Bodonis). A combinação desses dois fatores resulta em impressos com falhas e imagens apagadas.

Áreas chapadas em cores claras

Muitas vezes um projeto que trabalha com cores especiais, seja de cartaz, capa de livro, CDs ou DVDs, opta por grandes áreas chapadas em um tom claro. Para o completo preenchimento desse tipo de fundo muitas vezes uma única entrada em máquina não adianta muito, mesmo em papéis com bom acabamento superficial e boa printabilidade. A solução é a sobreimpressão com o mesmo grafismo, assim a possibilidade de pequenas imperfeições da superfície do papel ou de poros mais abertos deixarem marcas brancas que acabam determinando uma qualidade inferior da imagem impressa.

Letras brancas em fundo colorido

Em muitos projetos gráficos é utilizada a solução da colocação de textos vazados sobre fundos coloridos. Como o registro entre as cores de impressão nunca é 100% perfeito, é muito comum se observar filetes em uma das cores de impressão nas bordas das letras em soluções desse tipo. Caso a fonte tenha um desenho com partes muito finas, ou seja um tipo light, pode se chegar a ter a invasão total da área a ela destinada por algumas das cores. Quando isso ocorre se temos tipos em corpos pequenos (12 pontos ou menos) a legibilidade pode ficar muito prejudicada. Quanto menor a qualidade do papel de impressão, tanto pior será o problema, pois papéis de baixa qualidade (como o papel jornal) tendem a trabalhar mais durante o processo de impressão. Por esses motivos esse tipo de solução não deve ser aplicada em tipologias com elementos finos, em corpos pequenos, ou em projetos que serão impressos em papéis de baixa qualidade.

Aplicação de vernizes

Em um impresso onde a diferenciação das áreas brilhosas e fosqueadas é um dos efeitos desejados devemos trabalhar com o verniz aplicado na área de menor tamanho. O principal motivo dessa indicação é o custo dos vernizes gráficos, que é relativo à área impressa: quanto maior ela é, mais caro o trabalho fica. Quando, em um impresso, a área de brilho é maior que a fosqueada devemos optar por plastificar com película brilhosa e, sobre ela, aplicar o verniz de fosqueamento; no caso contrário, onde a área fosca é maior que brilhosa, devemos aplicar uma película de laminação fosca e imprimir o verniz de brilho sobre esta.

Impressos artesanais

Atualmente uma das áreas do mercado gráfico que mais cresce é a de impressos de luxo. Boa parte desses trabalhos se utiliza daquilo que muitos consideravam tecnologias ultrapassadas. Equipamentos de alimentação manual, movimentados por força braçal, de processos utilizados com maior frequência nos séculos XVIII e XIX (como as minervas tipográficas ou as prensas de balacim calcográficas) são conhecimentos necessários a atuação de designeres nesse segmento.

Originais convencionais

Hoje, quando o mercado gráfico praticamente inteiro se voltou para os meios digitais, o trabalho com originais convencionais é que passou a ser um verdadeiro mistério. As fotografias e ilustrações digitais dominam o mercado, o que reduz a possibilidade de uso de diferentes linguagens visuais em muitos aspectos.
Por mais que as novas tecnologias tenham desenvolvido meios de criação de imagens efetivamente revolucionários o profissional de arte precisa saber que no campo da criatividade o conhecimento é cumulativo e não progressivo.
Sempre é bom lembrar que as "antigas" técnicas de ilustração ainda são muito úteis quando se necessita de imagens de produtos ou situações que não existem na realidade concreta.

Marcas de impressão

Todo trabalho impresso possui diversas marcas em sua configuração final que, após o corte das peças, desaparecem no final do trabalho. É muito importante nunca esquecer de que é preciso colocar cruzes de acerto, marcas de corte e tarjas de controle densitométrico, além de outras pequenas marcações. Todas essas indicações de produção ficam na parte do papel que não será aproveitada, mas todas devem estar previstas para dentro da área de impressão do equipamento utilizado.

Plano de impressão

É como é chamado em algumas gráficas o esquema de distribuição da imagem do trabalho pela folha de impressão. É preciso prever com cuidado todo o aproveitamento do papel que entrará na impressora. Em trabalhos que rodarão mais de uma vez, quando há possibilidade do uso de mais de um equipamento, é preciso se prever um plano que seja adaptado a todos as condições que possam ocorrer.

Adaptação no mercado gráfico

O que determina o tipo de equipamento que será utilizado para impressão de qualquer trabalho é sua tiragem. Pequenas e médias tiragens são tradicionalmente impressas em equipamentos planos (aqueles que imprimem folhas), já as grandes tiragens são geralmente produzidas em equipamentos rotativos. Com a entrada de um bom volume de equipamentos novos no mercado no último ano o perfil das tiragens destinadas às rotativas está sendo alterado. Toda uma série de inovações na alimentação, nas circunferências dos cilindros de impressão, nos secadores, além de sistemas mais evoluídos que permitem uma troca de trabalhos mais rápida resultam em reduções de custos que permitem que tiragens de cerca de 10 mil exemplares de impressos editoriais sejam feitos nesse tipo de equipamento.

Impressão de garrafas de vidro

Imprimir sobre uma superfície curva e de vidro é algo um tanto ao quanto complicado. A solução é utilizar telas metálicas de serigrafia e tintas vítreas. As telas se adaptam a superfície dos mais diferentes tipos de garrafas (e outros objetos convexos), pois quando pressionadas se distendem de forma a permitir a impressão. O perfil da lâmina do rodo de impressão também pode ser recortada de forma a facear a área de impressão.

Ilustração digital

Poucos recursos gráficos hoje existentes nos meios digitais surgiram diretamente neles. A imensa maioria dos filtros e efeitos de programas de edição de imagens é baseada nos recursos tradicionalmente criados para as técnicas manuais. Especialmente os programas de edição de imagem no formato bitmap podem ser utilizados como ferramentas de desenho e ilustração.
O grande desafio é treinar a mão para desenhar não mais olhando para ela, como ocorre quando desenhamos com as técnicas tradicionais. Desenhar na tela controlando o traço feito pelo mouse é possível, muitos profissionais trabalham assim, mas utilizar um tablet ou uma light pen pode auxiliar numa adaptação mais fácil, pois assim a posição da mão permanece a mesma das técnicas tradicionais de desenho e é um fator a menos ao qual se adaptar.

Ilustração digital 2

Além das ilustrações em bitmaps, imagens geradas por programas de desenho vetorial (como o Ilustrator, o Freehand ou o Corel Draw) podem obter efeitos visuais tão bons quanto desenhos feitos nas técnicas tradicionais. Ilustrações vetoriais geralmente são arquivos mais leves, com aspectos visuais mais simples e próximos das ilustrações a traço com cores chapadas. Ilustradores digitais mais hábeis conseguem efeitos próximos aos das ilustrações realistas tradicionais, mas para se conseguir atingir esse ponto é preciso um grande domínio do software. A dica é não tentar dominar todos, nem se deixar levar pela tentação da "última versão", o ideal é mergulhar em um desses programas e tentar dominar amplamente uma de suas versões, e é melhor que seja aquela que é compatível com seu hardware.

Ganho de ponto

O ganho de ponto é algo como a impressão digital das impressoras de offset. Como boa parte dos impressos que criamos são produzidos nesse sistema é bom conhecer esse tipo de característica.
Os pontos de retícula das imagens impressas não são reproduzidos igualmente em todos os equipamentos, mesmo que utilizemos a mesma matriz. Por suas características de ajuste do mecanismo cada equipamento altera em algum grau a área impressa, essa alteração quase nunca é perceptível a olho nu, mas no conjunto da impressão torna as imagens mais leves ou mais pesadas.
Essa alteração na carga de tinta é sempre homogênea e pode ser corrigida, basta que haja controle por parte da gráfica. Por isso, não é responsabilidade do profissional de criação controlar esse dado, mas sim da empresa impressora.

Estágio

Algumas das dúvidas mais constantes dos alunos de cursos de graduação estão relacionadas aos estágios. Em que período devo começar a estagiar? Estagiar de graça é válido? Qual o valor de uma bolsa digna? Quantas horas devo dedicar ao estágio? Ele atrapalha minha formação? O que é um bom estágio?
Um estágio é benéfico ao estudante quando cumpre sua principal função: complementar a preparação do jovem para a vida profissional.
Não é muito produtivo começar a estagiar logo de cara no começo do curso, em geral somente após o terceiro período é que o estágio se torna produtivo para o estudante.
Não necessariamente um bom estágio vai pagar uma bolsa vultosa, há oportunidades com bolsas pequenas que são preciosas, ou pelo potencial de aprendizagem ou pela política de formação profissional da empresa.
A carga horária do estágio pode até mesmo ser inferior a que está estabelecida legalmente, mas fundamental é que o estágio permita ao estudante manter um bom desempenho nos estudos.
Infelizmente muitas empresas oferecem estágios que visam atender somente suas próprias necessidades, nos quais as atividades do estagiário não auxiliam na sua formação. Utilizam os estagiários como mão-de-obra barata, em geral com funções profissionais de outra área e remuneração muito abaixo do que paga o mercado para os trabalhadores dessa atividade.
Ao escolher um estágio a primeira coisa a ser observada é pelo estudante é se entre os funcionários da empresa estão ex-estagiários, esse é o melhor sinal de que o estágio é bom.

Estágio 2

E a bolsa? Quanto é justo que eu receba? Essa é outra questão que os estudantes fazem com freqüência. Não há um valor certo ou justo. Tudo depende de que tipo de estágio é.
Muitas empresas oferecem estágios nos quais o foco está na sua função social. São aqueles que permitem aos estudantes acompanhar o dia-a-dia da vida profissional. Nessas oportunidades a "obrigação" do estagiário é de apenas acompanhar a atuação de um funcionário.
Em casos assim as bolsas são pequenas ou, por vezes, nem existem.
Um segundo tipo de estágio é aquele onde a empresa forma seu quadro funcional através desse sistema, e esses são os mais interessantes para os estudantes. Neles há um plano de estágio desde o início, há um profissional dentro da empresa que é responsável pela orientação do estagiário e, com o passar do tempo, o estudante vai desempenhar tarefas regulares dentro do setor onde está. Apesar de estagiário não dever despenhar as mesmas funções que um profissional, quando o estágio é de formação inevitavelmente acaba acontecendo isso. O importante é ter um profissional experiente que oriente as atividades do estudante. Neste tipo de estágio há vagas que, além de boas bolsas, incluem plano de saúde e outros benefícios.
Há um terceiro tipo de estágio que a podemos chamar de "estágio hereditário", é aquela vaga que o seu amigo que está se formando vai ter que deixar e lhe indica para ocupar. Em geral são na área que o aluno cursa a faculdade, para desempenhar funções dentro dessa área, mas que o estudante deverá deixar quando se formar para um novo "herdeiro".
O quarto tipo de estágio é o que transforma um emprego em estágio. Infelizmente alguns empresários se aproveitam das brechas da lei e oferecem como estágios posições que deveriam ser ocupadas por empregados com vínculos trabalhistas mais estáveis. O estagiário aqui é visto como mão-de-obra com boa formação, barata e descartável. Neles as bolsas, em geral, são um pouco acima do salário mínimo e podem parecer atraentes em um primeiro momento. Com o passar do tempo o estudante descobre que foi transformado em "escraviário": está trabalhando como empregado sem nenhum dos direitos trabalhistas serem respeitados.

Precificação

Um dos maiores problemas é como cobrar trabalhos de produção gráfica. Para trabalhos de criação as tabelas de associações de classe como a ADG, ou de sindicatos como o SINAPRO, resolvem o problema, mas nos trabalhos de acompanhamento e orientação de serviços gráficos não há tabelas.
Uma primeira dica é sempre cobrar do cliente e nunca aceitar "comissões" das gráficas; é comum que os empresários ofereçam a comissão de vendas ao produtor que leva o trabalho para a gráfica, mas isso não é bom para a relação entre o profissional e o fornecedor.
Outra dica é que os montantes cobrados sempre devem ser acordados clara e antecipadamente; para trabalhos de pequeno vulto é preciso que o profissional tenha um valor a título de diária, que poderá ser fracionado ao meio no caso de trabalhos que ocupem somente meio período do dia de trabalho. No caso de trabalhos com custos mais elevados o ideal é se cobrar um percentual sobre as faturas emitidas, que pode variar desde 10% (nos trabalhos de custo mais baixos) até 1% (nos trabalhos com valores mais elevados).

Impressão digital x impressão convencional

O caminho das novas tecnologias de impressão passa muito mais pelas novas possibilidades de mídia do que por uma substituição da impressão convencional nos impressos mais tradicionais. Um dos poucos espaços onde a impressão convencional começa a perder espaços é no campo dos outdoors. Atualmente as lonas vinílicas impressas digitalmente já começam a dividir espaços com as folhas de papel impressas no tradicional offset ou em serigrafia. Esse movimento ocorre primeiramente por ser conveniente do ponto de vista econômico, uma vez que mesmo em grandes campanhas a tiragem de uma peça como essa é pequena, área onde o digital é, cada vez mais, mais viável economicamente; e em segundo plano por conta da melhor qualidade e da maior durabilidade das peças confeccionadas digitalmente.

Novas tecnologias de impressão

Mais uma nova aplicação das novas tecnologias de impressão é utilizar tecido como suporte. Igualmente ao equipamento que imprime parede também já há no Brasil equipamento digital para impressão permanente em tecidos, e que permite trabalhar tanto sobre tecidos sintéticos como sobre tecidos de fibra natural, o resultado final tem boa qualidade e a imagem se fixa boa com resistência das cores.

Novas tecnologias de impressão 2

Outra das possibilidades mais interessantes das novas tecnologias gráficas é a impressão de paredes. Já há no Brasil um equipamento digital chamado Michelangelo que, grosso modo, é uma imensa jato de tinta para paredes e funciona a base de tinta PVA; basta preparar a arte no tamanho da área de parede a ser pintada, fechar o arquivo para esse máquina, e mandar imprimir diretamente sobre o reboco, preparado praticamente da mesma forma que para a pintura convencional.

Processos digitais de impressão

Contrariamente ao caso das impressões convencionais os impressos digitais não se encontram, ainda, totalmente estabilizados com relação as suas características. Jatos de tinta, lasers e termo-transferência são apenas algumas das tecnologias disponíveis para a produção de peças gráficas. A opção por um determinado tipo de processo será basicamente devida ao uso final da peça. A grande vantagem desses novos processos é o fato de permitirem tiragens com uma única cópia sem que isso altere substancialmente o custo de fabricação.

Processos de Impressão

Uma forma bem produtiva de se aprender quais são os recursos que poderemos utilizar em projetos futuros é observar bem os impressos existentes no mercado. A primeira coisa a ser observada é qual processo de impressão é utilizado para fazer determinado grupo de impressos. São exatamente as características de impressão que determinam, na maioria dos casos, a escolha. Quando houver mais de uma opção aplicável a escolha deverá recair sempre sobre o processo de melhor custeio, não há razão para se gastar verba além do necessário.

Calcografia

A calcografia é um tipo de impressão especializada e utilizada em produtos que necessitam de segurança contra a falsificação. Trabalha com matrizes encavográficas e com imagens muitas vezes gravadas a mão. É utilizada em cédulas e é essa impressão que faz as imagens que possuem o relevo que podemos sentir quando passamos os dedos sobre uma nota nova.

Tampografia

A tampografia é um processo de impressão inventado em 1970 e destinada a produção de impressões internas aos objetos côncavos. Muito utilizado na área de brindes, trabalha com clichês encavográficos (onde os grafismos estão gravados para "dentro" da superfície da matriz) e tintas coloidais (aquelas que não são nem pastosas, nem líquidas). Seu nome advém das peças de silicone utilizadas para levar as imagens entintadas nas matrizes para dentro dos suportes de impressão, que são denominadas tampões. Teclas de computador são um bom exemplo de produto tampográfico.

Flexografia

Todo mundo já viu um carimbo na vida, e há um processo de impressão que é muito parecido com o ato de carimbar: a flexografia.
Impressão que possui matrizes flexíveis, feitas a base de borracha ou de fotopolímero, é muito utilizada para produção de embalagens flexíveis e outros produtos de baixo custo como bolsas de supermercados. A característica principal de suas imagens é a presença de um forte "squash" (aquela falha característica das matrizes relevográficas com uma faixa mais escura, a falha e então a cor desejada). Além do "squash" os pontos de retículas são mais visíveis, pois as matrizes relevográficas de material flexível não podem possuir pontos muito pequenos, que acabam por quebrar durante o funcionamento da máquina.
Atualmente a flexografia vem ganhando cada dia mais espaço, chegando mesmo a ser utilizada para impressão de miolos de livros.

Rotogravura

Quando o trabalho gráfico exige grandes tiragens contínuas, como no caso de certas embalagens flexíveis, ou tiragens de centenas de milhares de cópias, como no caso de algumas revistas de grande circulação com periodicidade semanal ou maior, o processo mais utilizado hoje no mercado é a rotogravura.
A roto é baseada em matrizes encavográficas (aquelas nas quais as áreas de impressão – os grafismos – são compostas de pequenos "buracos" denominados alvéolos) e que utiliza tintas de secagem muito rápida (durante a impressão a secagem é forçada pela evaporação dos solventes que as compõem – quase sempre "tiner", ou outras substâncias do mesmo tipo).
Os impressos feitos em rotogravura possuem imagens nas quais é possível ver, com auxílio de um conta-fios, a recomposição parcial de certos tons intermediários, em especial os mais carregados de tinta; um serrilhado constante existe nas bordas das imagens, ele é bem visível especialmente nas letras pretas, o que provoca um certo "ruído" nos textos impressos.

Offset

Atualmente é muito raro que algum trabalho comercial seja produzido em litografia, entretanto durante muitas décadas essa foi uma possibilidade quando o que se desejava era qualidade nas imagens.
O processo que herda (e amplia muito) esse mercado é o Offset. Baseado nos mesmos princípios de repulsão entre água e gordura ele tem como característica principal a qualidade das imagens impressas, bordas bem definidas e áreas de cor com aspecto homogêneo e ótima cobertura.
Possui equipamentos de vários tamanhos, com capacidade produtiva que vai desde as pequenas até as grandes tiragens.
Outra virtude desse processo é a sua capacidade de imprimir sobre praticamente qualquer superfície plana.

Tipografia

Entre os processos de impressão convencionais o mais antigo é a tipografia, inventada por Guttenberg aproximadamente em 1450.
Ainda hoje se imprimem trabalhos nesse processo, principalmente por razão do custo absolutamente baixo; cada vez menos ela é utilizada, mas especialmente seus recursos (o hot-stamping, a aplicação de películas holográficas, o relevo americano e o relevo seco) ainda são bastante freqüentes. As matrizes são relevográficas (com as áreas de grafismo em um plano mais elevado que as de contragrafismo), em geral metálicas e a tinta tem textura pastosa e e é gordurosa.
As principais características para se reconhecer um impresso tipográfico são: um suave "squash" na borda das imagens impressas, que é visível apenas com auxílio de lentes de aumento, e o relevo deixado no verso do impresso pelas matrizes metálicas.
O "squash" é uma falha da impressão característica das impressões com matrizes relevográficas; nele primeiro é visível uma faixa mais escura da cor da tinta, logo após aparece uma falha – que pode chegar mesmo a ser branca – e só então o filme de tinta apresenta a cor desejada.
Já o relevo que fica no verso dos impressos tipográficos ocorre por conta da pressão das matrizes diretamente sobre o papel, e pode ser percebido pelo tato.

Água de molhagem

Todo cuidado com a água de molhagem das impressoras offset é pouco, muitas vezes o que causa sérios problemas é o pH equivocado. O problema mais comum é o surgimento de véu na imagem, a água ácida ou básica em demasia dissolve parte da tinta e provoca uma leve cobertura de todo o papel em uma ou mais cores de impressão.

Impressão de chapados

Chapados podem ser problemáticos na hora da impressão. Comumente surgem manchas e a produção fica prejudicada pela necessidade de reposição de muito material e o conseqüente prejuízo. Para se evitar problemas é preciso acertar a máquina com muito cuidado, a regulagem de tinteiro deve ser feita sem excesso, o filme de tinta deve estar homogêneo em toda a área do chapado, o caucho deve ser preferencialmente novo, muito bem alceado e sua base deve ser montada com os papéis mais macios por cima, pois o principal fator para facilitar o acerto desse tipo de trabalho é esse: a maciez do caucho.
Vale lembrar que algumas tintas necessitam de duas passagens e sobreposição de imagem para atingir sua cor plena.
Dica do grande amigo e gráfico pra lá de competente Sylvio Cezar.

PDF

Vamos falar mais um pouco de arquivos no formato .pdf (Portable Document Format) originários do pacote Acrobat da Adobe. Originariamente criado para permitir um trânsito tranqüilo de documentos na comunicação interna das empresas, sem os problemas causados pelos arquivos originários do Microsoft Word, muito utilizados para esse fim, esse formato foi rapidamente apropriado pelo setor gráfico. Hoje o formato .pdf é quase que um padrão na área, contudo alguns problemas ainda persistem. Um dos problemas mais comum e inconveniente em trabalhos gráficos é a troca de fontes, que pode ser facilmente resolvida com o acionamento da opção de incorporação de fontes aos arquivos no momento da publicação do arquivo nesse formato.

Tradição x modernidade na impressão

Quando os primeiros processos digitais de impressão chegaram ao mercado houve uma expectativa de que boa parte dos trabalhos gráficos migrassem para tais soluções. No entanto, o que realmente aconteceu foi a criação de um novo perfil: a gráfica tradicional ficou com o filão do material manufaturado de maior volume de tiragem e a gráfica digital se posicionou como sendo um tipo de atividade de serviços.
Mas o que isso quer dizer afinal!?
Simples: quando estamos trabalhando com produtos que devem ter volumes maiores impressos as melhores soluções são os tradicionais sistemas convencionais; quando buscamos customizar impressos, criando soluções específicas para determinados problemas de comunicação, por vezes necessitando inclusive de peças para exposição pontuais, a gráfica digital é que oferece soluções mais viáveis economicamente.
Só para lembrar a razão da dica dessa quinzena: o bom produtor gráfico não é o que sempre faz o impresso mais barato, ou sempre o de melhor qualidade, mas sim aquele que sempre adequa melhor a relação custo / benefício de seus trabalhos.

Papéis off-white

Nos últimos tempos os papéis chamados off-white passaram a ocupar uma boa fatia do mercado. Muito mais confortáveis para a leitura e bons para o manuseio eles ganham espaços em diferentes áreas do setor gráfico. Como eles sempre apresentam alguma coloração (daí o nome) quando imprimimos qualquer outra cor que não o preto sobre eles precisamos saber que essa será alterada, sempre puxando para o tom do papel.

Papéis off-white 2

Se aplicarmos imagens em policromias sobre um papel off-white precisamos saber que suas cores sofrerão mudanças perceptíveis pelo cliente. A questão é: como as controlar? Uma primeira opção é imprimir antes um chapado de tinta branco opaco na área que a imagem será impressa, isso aumenta o custo em mais uma entrada, mas cria uma base que preserva integralmente os aspectos colorimétricos da imagem. Outra possibilidade é calibrar as cores previamente e compensar nos filmes da seleção de cores o desvio provocado pela cor do papel. A segunda escolha é a mais complicada, porém menos onerosa. A calibragem de cores, nesse caso, é uma operação quase intuitiva, além disso, é preciso perceber que as áreas de branco da imagem serão irremediavelmente perdidas, e o melhor caminho para que ela surta o efeito esperado é o do ensaio através de provas de prelo e a correção subseqüente até o acerto final.

CMYK ou CYMK

A ordem de entrada em máquina das cores de impressão deve sempre ser da mais clara para a mais escura salvo algumas raras exceções, como foi apontado na quinzena anterior. Mas a seqüência tradicional de entrada das cores na quadricromia é: cian, amarelo, magenta e preto; o cian é adiantado por conta do amarelo ser muito claro para visualização da cruz de acerto e esse fato dificultar o registro entre as cores. Essa prática ocorre porque a tinta já impressa migra de volta ao tinteiro na entrada seguinte alterando a coloração das imagens impressas.

Ordem de entrada

Quando entramos com um trabalho em máquina, para evitarmos que a contaminação de uma tinta pela anterior seja algo grave o indicado é imprimirmos da cor mais clara para a mais escura, a menos que a cor clara não dê visibilidade para acerto do registro. Com cores especiais é preciso que tomemos esse cuidado também, mas a ordem correta de entrada em máquina deve ser invertida quando houver um grande chapado da mais clara ocupando o fundo do impresso e o restante da imagem for impresso na cor mais escura, pois o filme de tinta ainda úmido do chapado recém-impresso pode causar falhas na impressão de textos e imagens reticuladas na cor mais escura.

Fundos pretos

Como fazer um fundo preto mais bonito em um impresso? Simplesmente chapar o fundo (preencher toda a área) com a tinta preta não resolve o problema, para a cor ficar mais intensa a dica é "calçar" a área com cerca de 20% de cian, assim a impressão ganha um tom aveludado, bem mais vistoso do que aquele que se consegue somente com a tinta preta preenchendo a área.

Hierarquia de leitura

Na quinzena anterior a dica era sobre tipologia e nela lia-se que era necessário tratar-se o tamanho dos textos de forma a "hierarquizar as mensagens textuais" dos trabalhos gráficos, mas o que é exatamente isso? Hierarquizar quer dizer por em ordem por importância, assim o texto do título fatalmente deverá ter um tamanho maior que o do sub-título, e esse, por sua vez, deverá ser de um tamanho menor que o título, mas maior que o restante dos textos da peça.
Pegando um exemplo bem simples: em um cartão de visitas de um profissional liberal a mensagem mais importante é o nome do profissional, essa deverá ser imprensa com as maiores letras do cartão; a profissão exercida por esse profissional é a segunda coisa mais importante que a peça comunica e ela deverá estar imprensa com letras de tamanho intermediário; os dados para contato como telefones e e-mail são os que menos necessitam de destaque no cartão, assim são esses dados complementares que deverão estar impressos com o menor tamanho de letra. Só lembrando: no caso do cartão de visita mesmo o nome do profissional não deve ser exagerado, afinal é uma peça de apresentação pessoal, e não uma propaganda ostensiva; no caso de exagero no tamanho das letras teremos uma tabuleta de visita e não um cartão.

Tipologias

A escolha de tipologias para trabalhos gráficos deve sempre ser guiada por alguns fatores. O primeiro e mais importante é a legibilidade, qualquer peça de comunicação antes de mais nada deve ser lida; os aspectos estéticos da escolha devem ser direcionados pelo gosto do público alvo e não pelo nosso; já o tamanho dos textos das peças deve ser orientado de forma a hierarquizar as diferentes mensagens textuais que o trabalho contiver.

Técnicas de criação

"Disciplina é liberdade", já dizia Renato Russo, e no tocante ao trabalho de criação não há diferença: quanto mais disciplinado o profissional for mais facilmente o executará. Crie um método de trabalho no qual você se sinta confortável e consiga produzir bem, muitas vezes a idéia brilhante não "pinta", aliás, quase sempre o trabalho de criação é muito mais transpiração que inspiração, daí a disciplina ser importante. Algo que sempre funciona bem é começar por dedicar um bom tempo aos esboços (também chamados de roughs – pronuncia-se "rafes"); é neles que a distribuição dos elementos pelo espaço gráfico da peça ganha forma; o melhor é se sentar em um local tranqüilo e iluminado e rabiscar de forma bem livre, somente você precisa entender seu esboço, se algo ficar meio incompreensível não perca tempo tentando fazer um desenho mais elaborado, puxe uma seta e escreva ao lado qual imagem deve ocupar aquele espaço marcado no esboço por uma "bolinha torta" ou por qualquer outra forma pouco precisa. O importante é que você consiga conceber muitas opções diferentes, o trabalho mental de criação somente deslancha quando fazemos tal procedimento, é pela insistência no esboçar que nosso cérebro começa a trabalhar melhor e surgem as boas idéias.

Compra de livros

A dica da quinzena é de autoprodução e, apesar de mais voltada para meus alunos de primeiro período, vale para todos os demais igualmente.
Estudar, por mais que seja promissor e recompensador, não é realmente das atividades menos trabalhosas ou dispendiosas e, para uma boa formação em qualquer área do conhecimento a atividade da leitura é das mais importantes. E como leitura é hábito criar rotinas para ler ajuda; todo dia, em determinado horário pare o que estiver fazendo, pegue um livro e leia umas 20 páginas, ao menos. No início pode parecer um longo tempo perdido, mas quando os livros forem apliando sua percepção do mundo, ficará fácil perceber qual a dimensão da importância desse hábito. Caso você tenha dificuldade de concentração - fato muito mais comum do que se pensa - escolha um horário bem tarde da noite, naqueles momentos que a sua casa, o seu prédio e a sua rua já estão bem silenciosos. Caso dê sono, resista. De qualquer forma sem você se habituar a ter um horário certo para leitura ficará mais difícil dar conta de todas as informações necessárias para uma boa formação.
Quanto ao material para leitura reproduzir os textos em fotocópias tem sido o mais comum, ainda que seja crime - mesmo que para pequenas partes de livros. O mais indicado quanto aos livros é montar sua própria biblioteca. Textos copiados, em folhas soltas sempre parecem informações pouco importantes, coisas que se irá descartar tal como se descarta a cópia ilegal após as provas. Comprar os livros e ler os textos neles pode lhe dar a dimensão de um compromisso maior com a informação que eles trazem, além de permitir manter um exemplar anotado dos textos mais importantes em sua formação, e montar uma pequena biblioteca pessoal não é algo tão difícil assim. Primeiro é preciso separar um espaço para guardar os livros, uma estante ou mesmo uma prateleira de maior largura das comuns - mas bem firmes, pois livro é algo que pesa muito - podem servir. Essa deve ser posicionada no cômodo de forma a não ser atingida pelo sol, pois muita luz estraga as capas e resseca o papel fazendo com que a impressão perca suas cores e com que os livros comecem a rasgar e quebrar por ressecamento – principalmente nas lombadas; em contrapartida um local muito úmido e sem qualquer luminosidade pode fazer aparecer mofo e fungos nos livros, o que igualmente os prejudica. O ideal é um local arejado, luminoso, mas sem incidência de luz direta.
Mas para montar uma biblioteca é preciso adquirir livros, o que é algo bastante dispendioso, como fazer então? Um estudante mediano normalmente não possui recursos para comprar todos os livros que professores indicam, a primeira opção, ao menos para as leituras mais urgentes, são as bibliotecas. Fazer cópias integrais de livros (ou mesmo de partes deles) como vem advertido na maioria das publicações mais recentes, e já foi dito acima, é crime contra os direitos autorais. Então a melhor solução para montar uma biblioteca pessoal, composta pelos títulos mais importantes da sua área de conhecimento é se organizar. Primeiro separe um percentual dos seus ganhos para a compra de livros, mesmo que você ainda não trabalhe parte do dinheiro de sua mesada, ou de seus "bicos" - pode ser destinado aos livros, e desiada daquela reservada para algumas horas de "rolê" na "night". Abrir mão das diversões mais imediatas pode parecer difícil, mas no fundo quem vai sair lucrando é o novo leitor.
Um primeiro passo é organizar uma lista dos títulos que você precisa comprar, separando por autor, ou pela ordem de importância para as pretensões e necessidades. Com essa lista na mão você pode começar a montar sua biblioteca. Os livros novos você pode tentar comprar direto nas editoras, sempre "chorando" aquele "descontinho básico" para estudantes – sem o "choro" ele não rola. Associar-se com outros colegas de faculdade para tentar negociar a compra de vários exemplares de um único título pode ser uma saída para se obter bons descontos, normalmente seu poder de barganhar com a editora vai aumentar proporcionalmente a quantidade de exemplares que você irá comprar.
Mas livros novos, mesmo com descontos, em geral são caros. Outra solução é recorrer aos chamados sebos, lojas que vendem livros usados. Podemos encontrar neles vários livros quase novos, ou em ótimo estado de conservação, além de encontrarmos também títulos clássicos, já esgotados e há muito não reeditados, que não encontramos em livrarias comuns. Alguns livros são difíceis de se encontrar em sebos, especialmente os mais recentes, mas, mesmo assim, a quantidade de obras que eles nos disponibilizam fazem com que se tornem nossas melhores opções para compra de livros, especialmente nos chamados "clássicos" – os textos consagrados e que quase todo professor indica aos quilos. Outra dica é: também nos sebos sempre "chore" um desconto, especialmente se você estiver levando três ou quatro volumes, já chegue no balcão com um deles separados (não o mais caro, mas sim um dos exemplares de preço intermediário) e diga: "Se levar todos esses esse outro aqui é oferta da casa?". Tirar uma manhã ou uma tarde por mês para "bater perna" pelos locais onde se concentram essas lojas é um hábito que irá ajudar na montagem de seu acervo, sempre com sua listinha em mãos.
Para quem mora no Rio de Janeiro os principais pontos de concentração dessas lojas estão no Centro da Cidade e próximo ao Museu da República no Catete. Na Rua da Carioca, desde o Largo da Carioca até quase o Campo de Santana está localizada uma boa quantidade de lojas, nas ruas ao redor da Praça Tiradentes por dois ou três quarteirões em todas as direções encontramos lojas de diversos tamanhos, todas com acervos grandes onde precisamos "peneirar" os livros que queremos. Na Rua Marechal Floriano, no número 63, no Centro fica um dos sebos mais organizados e com melhor atendimento do Rio a Livraria Elizart, vale uma visita para pesquisar, são dois andares de livros muito bem organizados. Outro sebo famoso pela qualidade é o Berinjela, localizado no subsolo do número 185 da Avenida Rio Branco, onde também fica uma das melhores livrarias do Rio de Janeiro – a Leonardo da Vinci (onde se passa horas vendo coisas que tentam a gente; das melhores publicações de arte do mundo até os grandes álbuns de história em quadrinhos).
Dicas dadas, o negócio de vocês agora é correr atrás.

Compra de arquivos em bancos de imagem

No mercado de comunicação muitas vezes o prazo para realização do trabalho está longe de ser ao menos humano, nesses casos preparar imagens inéditas para o cliente é algo impensável. Uma das soluções é se socorrer em um banco de imagens: empresas que possuem catálogos de imagens prontas, sobre as mais diferentes temáticas e preparadas para as mais diferentes possibilidades de uso; suas imagens podem ser locadas ou mesmo compradas em definitivo, mas esses últimos casos são muito raros. Para se utilizar uma imagem desse tipo em um layout é necessário apenas entrar nos sites dos bancos de imagens e "baixar" aquela desejada, que em geral está disponível em um formato e resolução razoáveis para execução de layouts. Antes da apresentação do trabalho ao cliente é salutar manter-se um breve contato com o banco de imagem detentor do direito de utilização da imagem, por telefone ou por e-mail, e a consulta ao fornecedor se ela está liberada para locação ou não, em caso de uma resposta negativa o jeito é trocar de imagem, mas caso a imagem desejada esteja disponível é aconselhável reservá-la para uso de nosso cliente, caso contrário corre-se o risco de, entre a apresentação e a aprovação do layout e a ordem para a locação da imagem algum outro profissional reservar seu direito de utilização e, aí, enfrenta-se um belo problema com o cliente.

Perfil ICC

Um primeiro passo decisivo para a adoção de um gerenciamento de cores conseqüente em artes gráficas é a adoção de perfis ICC (International Color Consortiun). Esse organismo desenvolve especificações para gerenciamento de cores desde 1993, através de normas de construção e uso de perfis para impressão que podem ser aplicados aos formatos EPS, PICT, TIFF, JFIF, GIF.

Perfil ICC 2

Não é somente a adoção de perfis ICC (International Color Consortiun) o que permite um gerenciamento de cores adequado em artes gráficas. Para que os trabalhos apresentem uniformidade cromática nos seus mais diferentes estágios é preciso que tais perfis sejam adotados em todos os equipamentos e por todas as empresas envolvidas; tanto as de criação (agências de publicidade e escritórios de design), como de gráficas e empresas fornecedoras de serviços de pré-impressão.

Gerenciamento de cor

O primeiro grande problema para se alcançar um bom resultado no gerenciamento de cor é a divergência absolutamente natural entre as imagens de monitores e impressoras, a gama de tons alcançados pelas imagens de tela, baseadas na síntese aditiva (RGB), não podem mesmo ser idênticas às obtidas pelas imagens impressas, originárias da síntese subtrativa (CMYK), que apresentam uma gama de tons divergente.

Impressoras compostas

As impressoras mais modernas, nos últimos anos, estão apresentando como tendência máquinas compostas por mais de um processo de impressão, em especial nos setores mais automatizados como embalagens e impressos de luxo. Flexografia, offset e serigrafia estão sendo colocadas em linha para facilitar a produção de impressos com detalhes cada vez mais complexos como: aplicação de tintas metálicas e vernizes especiais.

Uso de papéis

Papéis a serem utilizados na produção de bolsas, além de uma gramatura superior aos 180g/m² devem possuir ótima resistência ao contato com a umidade e serem bem receptivos ao ancoramento da colagem, caso contrário o risco de rompimento devido ao peso se torna algo concreto e bem provável, o que sem dúvida deixa o produtor em má situação com o cliente.

Uso de papéis 2

Ainda trabalhando indicações dos usos de papéis no tocante as suas gramaturas. Peças como receituários e outros papéis destinados ao preenchimento manual devem ser produzidas sempre com papéis de gramatura na casa dos 90g/m², assim a resistência à pressão dos instrumentos de escrita é em um nível bom evitando a perda de folhas com rasgos, amassados e outros acidentes na redação dos conteúdos.

Uso de papéis 3

Mais uma indicação de uso de gramatura de papéis: envelopes com dimensões maiores (de A4 em diante) são destinados ao envio de um volume maior de papéis ou mesmo de objetos com um peso considerável; nesses casos ao menos um papel com 180 g/m² deve ser utilizado. Um recurso bom para produzir um envelope para envio de objetos mais delicados é forrar o interior do envelope com o chamado "plástico bolinha", aquele mesmo com uma série de pequenos espaços cheios com ar, o que serve de amortecimento em caso de muita pressão ou de pancadas no transporte de cargas mais frágeis.

Uso de papéis 4

A gramatura indicada para papéis de carta varia entre 75 e 90 g/m², não há uma mais indicada, é apenas questão de escolha e, após essa, da manutenção do mesmo tipo de papel e de sua gramatura para estabelecer um padrão no material de comunicação de qualquer instituição. Já os envelopes para correspondência precisam de papéis com uma gramatura algo maior, entre 100 e 110 g/m², pois é preciso garantir mais resistência ao manuseio e uma opacidade algo mais elevada para preservar os conteúdos neles enviados.

Uso de papéis 5

Falando sobre gramatura de papéis para produtos específicos vamos abrir uma série de dicas com os mais constantes: para cartões de vistas o mais indicado é utilizar algo por volta de 200g/m². Utilizando um papel abaixo de 150g/m² o cartão vira "papelzinho" de visitas e estraga-se com muita facilidade; ao passo que utilizando algo acima de 250g/m² vira arma ninja contra os clientes e amigos, basta arremessar com força que a "tabuleta" de visitas infligirá danos diversos ao seu alvo.

Sobre-capas

Muitos trabalhos editoriais possuem sobre-capas, e esse recurso deve ser utilizado com certos cuidados. É necessário o emprego de um material bem resistente para a fabricação dessa peças, caso contrário em muito pouco tempo – por vezes ainda nas prateleiras do ponto de venda – as beiradas e as pontas das sobre-capas começam a apresentar danos que deixam o aspecto do livro (ou da revista) pouco atraente ao comprador, o que causa devoluções de materiais que somente nessa parte apresentam problemas. Os papéis mais pesados e posteriormente plastificados são bem indicados; já quanto aos materiais plásticos é preciso escolher com critério e evitar os que se tornam quebradiços quando ressecados pelo passar do tempo.

Tintas especiais

O uso das tintas perolizadas, da adição de uma quinta cor metalizada (em geral prata ou dourado) ou das tintas de alta pigmentação já é uma realidade no mercado brasileiro. Nos três casos as tintas especiais dão, devido aos efeitos que propiciam no impresso, uma aparência bem mais elegante ao produto que a obtida com o uso de tintas convencionais.

Tintas especiais 2

Ainda falando de tintas especiais: as tintas de alta pigmentação são produzidas com um percentual maior de pigmentos, seu poder de cobertura obviamente aumenta, e as cores das imagens impressas ganham em gama tonal quando com essas tintas. Já as tintas gráficas perolizadas possuem uma aparência similar as tintas utilizadas nas pinturas automotivas, seu uso tem sido mais constante no ramo de embalagens, pois deixam os impressos mais chamativos e com um aspecto muito luxuoso, além de bem pouco convencional. Já o uso de tintas douradas ou prateadas como uma quinta cor além do tradicional CMYK somente está se ampliando devido à melhoria sensível que os pigmentos metálicos ganharam nos últimos anos, tais tintas deixam as imagens impressas de uma aparência que pode ser classificada como bem interessante, além de muito diferenciada com relação ao habitual, sua utilização é mais indicada para produtos como capas de livros e revista. O uso de qualquer uma dessas opções ainda é pouco comum no Brasil, mas todas essas tecnologias já estão disponíveis no nosso mercado.

Provas digitais

As chamadas provas digitais – ou prints como querem os anglófilos – são, ao mesmo tempo, um conforto e uma praga que invadiram as artes gráficas nos últimos tempos. Mais uma vez não se trata de ir contra essa ou aquela opção, mas sim de utilizar o que é mais barato e mais adequado em cada situação. O uso de provas digitais no caso de impressos digitais é, além de óbvio, obrigatório; seu baixíssimo custo e a possibilidade de executar uma única cópia do arquivo de origem são as explicações para o uso de tal recurso. Assim as prints permitiram aos clientes o conforto de ter a visão de um impresso exato antes de autorizar a produção.

Provas digitais 2

Assim como na quinzena passada nessa continuaremos a falar de provas digitais, das chamadas prints. Se no caso de impressos digitais elas são a opção obrigatória no caso de impressos convencionais as prints são quase sempre desaconselháveis, a exceção fica por conta dos sistemas "ripados" para provas, com o adendo de que neles as cores são configuradas em função de um único sistema de impressão. Esses sistemas estão, em geral, configurados em função do sistema de impressão de algum grande veículo.

RIP

Lidar com cores tem sido um dos piores problemas nos meios gráficos nesses tempos de computadores e impressoras digitais. Quase nunca uma imagem visualizada na tela irá ser impressa com absoluta correspondência de cores, a exceção fica por conta dos sistemas "ripados". Rasturing image processor é um termo que não tem tradução literal, mas seria algo como "processador e equalizador de imagens no sistema", é formado por um conjunto de software e hardware que fazem o controle de cores em uma estação gráfica permitindo sua total adequação a um padrão dado. Esses sistemas são utilizados atualmente por grandes veículos, principalmente para garantir a qualidade das provas digitais para seus clientes.

Precificação

Muitos trabalhos são bem difíceis de se precificar. Quanto cobrar por uma ilustração? Essa é uma pergunta para qual a resposta é bem complexa e deve levar em conta toda uma série de fatores. O primeiro desses fatores é para qual mercado a ilustração é destinada. Algo feito para o mercado publicitário será, em geral, bem melhor remunerado que algo feito para o mercado editorial. O que definirá o preço no mercado publicitário será toda uma série de fatores, mas fundamentalmente há muito mais dinheiro circulando nesse filão que nos outros. Nos mercados fonográfico e editorial a tiragem determinará qual o valor possível para a remuneração do ilustrador, por isso há tamanho contraste entre os valores de remuneração dos trabalhos, que por vezes podem ser bem parecidos.

Precificação 2

Um dos problemas mais constantes de um profissional de comunicação é como formar o preço de seu trabalho. Há tabelas que indicam valores mínimos que devem ser cobrados, mas algumas dessas cifras somente se tornam efetivamente possíveis no caso de trabalhos para clientes de grande porte. De qualquer forma são essas tabelas de associações profissionais ou sindicatos patronais que devem guiar a formação do preço de nossos serviços. Quanto ao trabalho de produção gráfica o recomendado é sempre cobrar do cliente, nunca da gráfica. Os valores irão variar desde 5 até 15% das faturas emitidas pelas empresas gráficas contra os clientes que atendemos. Quanto maior o valor do pedido menor deve ser a comissão de acompanhamento. Também é possível se acertar um valor fixo por hora ou dia trabalhado.

Softwares

Qual o melhor editor de texto, ou o melhor programa de desenho vetorial, ou o melhor software para webdesign? Inúmeras vezes ouço esse tipo de questão dos meus alunos. O melhor é aquele que operamos bem, seja ele qual for. A melhor dica com relação aos programas gráficos talvez seja: não entre na paranóia da última versão, simplesmente aprenda uma delas a fundo, assim você poderá contar com o melhor de cada programa. Para área gráfica o ideal é conhecer bem um editor de textos, um editor de imagem vetorial, um editor de imagem em bitmap e um montador. Por vezes alguns programas são eficientes em mais de uma função.

Softwares 2

Mais uma dica sobre softwares para trabalhos de design gráfico. Os editores de texto são programas que servem fundamentalmente ao desenvolvimento de trabalhos com grande volume de texto e/ou um maior número de páginas. Mais uma vez o mercado oferece ao profissional diversas opções: QuarkXPress, PageMaker, CorelVentura, InDesign e outros menos cotados. O ideal é dominarmos o Word do pacote do Microsoft Office e um dos programas mais complexos. O Word é extremamente necessário no desenvolvimento de trabalhos voltados para um público não especializado – por ser o software de editoração mais comumente utilizado por secretárias, congêneres, similares e assemelhadas –, assim dominar seu funcionamento serve ao profissional de design não para utilizar essa ferramenta (que não é voltada ao nosso trabalho), mas sim como forma de conhecer as possibilidades de desenvolvimentos de trabalhos para terceiros, tão comuns com esse programa nas identidades visuais, por exemplo. Mas afinal qual o melhor editor de texto? Aquele que você dominar com desenvoltura. Uma pequena nota é válida com relação ao PageMaker, o programa está sendo descontinuado pela Adobe (seu fabricante) que procura atender ao mercado com o InDesign em seu lugar.

Softwares 3

Qual software é a melhor opção para a criação e manipulação de desenhos vetoriais? A pergunta é constante e as principais opções de mercado são: o CorelDraw – da Corel –, o Illustrator – da Adobe –, e o FreeHand – da Macromidia. O primeiro é mais comum em equipamentos com sistema Windows, já os outros dois são opções mais freqüentes em equipamentos Apple com MacOS. As diferenças de operação entre eles não chegam a interferir no desempenho de algum deles de forma muito marcante, e a manipulação desse tipo de arquivo por qualquer um dos programas é basicamente a mesma. A dica é dominar os três nas operações básicas e se especializar em um deles com mais profundidade.

Softwares 4

O Adobe Photoshop é, sem dúvida, o melhor programa para edição de imagens em bitmap, os concorrentes não chegam nem perto da capacidade de manipulação oferecida pelo software líder no mercado. A dica para o aprender com rapidez e satisfatoriamente é começar pela versão 4, bastante completa em termos de recursos e bem mais "leve". Trabalhe ao menos umas duas horas por dia, repita exercícios dos tutoriais existentes da web, imagine soluções e tente realizar, "quebre" o mouse de tanto insistir em testar possibilidades. A melhor maneira para se aprender esse, ou qualquer outro programa, é ralando sobre o computador.

Resolução de imagens

Um dos problemas mais freqüente com imagens para impressão é provocado por deficiências na resolução de entrada. Resolução é a definição da imagem e está diretamente relacionada com sua qualidade visual. O problema em geral é causado no momento da captura da imagem pelo scanner ou na sua concepção (quando a imagem é uma ilustração digital). Uma vez capturada ou produzida em uma definição baixa é praticamente impossível alterar, para cima, essa resolução; e isso causará problemas em todo o restante do processo de reprodução.

Resolução de imagens 2

Ainda tratando dos problemas com imagens para impressão provocados por deficiências na resolução de entrada. Uma fórmulinha relativamente simples permite determinar a resolução que se deve utilizar na captura da imagem: Re = 2 x Rs x Far. Re é a resolução de entrada, Rs é a resolução de saída (a lineatura da retícula ou a definição da imagem impressa digitalmente) e Far é o fator de ampliação ou redução da imagem.
O último elemento da equação é o que mais suscita desentendimentos, para facilitar vamos ver dois exemplos:
1 - Um original medindo 18 x 24 centímetros que será impresso numa área de 9 centímetros de altura será reduzido a metade do seu tamanho inicial, assim o Far será 0,5.
2 - Um original medindo 6 x 6 centímetros que será impresso ocupando uma área de 15 centímetros sendo ampliado duas vezes e meia do seu tamanho inicial, assim o Far será de 2,5.

Divisão áurea

0,618 é o valor pelo qual as dimensões de um determinado trabalho devem ser divididas caso se queira trabalhar com a divisão áurea. Construir um cartaz, ou qualquer outra peça, com proporções baseadas na divisão áurea é bem fácil, basta fazer com que a relação entre altura e largura da peça sejam determinadas pelo fator acima.

Composição centralizada

Nem todo dia é dia santo. O velho adágio vale em especial para profissionais de criação, nem sempre é possível conceber trabalhos gráficos brilhantes e dignos de serem notados. Quando as musas falharem estruturas tradicionais como layouts centralizados ou construídos com base nas proporções do número áureo podem ser salvadores.

Aproveitamento do papel

O aproveitamento do papel de impressão é de grande importância na composição do custo de um impresso, seu cálculo deverá sempre ser feito antes do desenvolvimento do layout para apresentação ao cliente, já que uma vez escolhido o formato não poderá ser mudado sem alguns constrangimentos e provável redução de confiança. A escolha de um bom formato não deve deixar de prever as áreas de sangramento e para inclusão das marcas de impressão (cruzes de acerto, escalas de controle densitométrico e afins), mas deve aproveitar cada centímetro do papel.

Papel x projeto

O cuidado com a escolha do papel adequado a um projeto gráfico deve começar pela determinação precisa da gramatura. Para projeto de livros o que determina a gramatura é, em princípio, a existência ou não de muita carga de tinta no miolo. Para um livro composto exclusivamente por texto corrido, ou por texto e gráficos leves com pouca imagem, algo entre 75 e 90 g/m² é o bastante.

Papéis para miolo

Para que o papel seja adequado ao bom projeto de livro a questão do conforto da leitura é fundamental. Os papéis mais indicados nesse item são os chamados "off-white", pois são bem mais confortáveis devido ao grau de reflexão de luz ideal ao olho humano, um contraste bom entre fundo e texto facilita a leitura e não há tanta reflexão de luz como nos papéis mais brancos.
Já o alta alvura, uma das indicações mais comuns dos gráficos, deve ser sempre evitado em tais trabalhos, pois seu grau de reflexão de radiação UV é danoso no caso da leitura prolongada.

Fechamento de cadernos / livros digitais

Todo cuidado deve ser tomado com o fechamento de cadernos para produção de livros. As muitas mudanças ocorridas nos últimos anos com a introdução dos recursos digitais não modificaram o fechamento do miolo dos livros produzidos no sistema convencional, que ainda são a maioria. A grande vantagem dos sistemas digitais de produção de livros está relacionada com a tiragem, que agora pode ser pensada mesmo em quantidades bem pequenas, como uma única dezena.

Livros digitais

Ainda tratando sobre a produção de livros por meios digitais: o grande problema é o manuseio prolongado dos volumes, pois o sistema de acabamento disponível é o chamado acabamento de brochura, no qual os cadernos são esfolados na parte voltada para a lombada e essa é formada com a colagem do miolo diretamente sobre a capa. A grande desvantagem é que, com o uso, as folhas começam a soltar.

PANTONE

A especificação de cores especiais em projetos gráficos deve sempre ser feita pela Escala Pantone, no meio gráfico ou meio digital. Muitos alunos perguntam sobre qual Escala Pantone comprar. O mais indicado é comprar o conjunto de guias PANTONE® formula guides coated, uncoated, matte. São três guias com a impressão das cores Pantone em papéis com cobertura (do tipo couchê com brilho), sem cobertura (do tipo offset) e com cobertura e acabamento fosqueado (do tipo couchê matte). Essas escalas cobrem quase todas as aplicações de cores especiais em meios gráficos.

Processo convencional x processo digital

Atualmente para aprender a fazer a produção de um impresso parece ser mais necessário fazer um curso de informática que conhecer tintas, impressoras e os outros elementos tradicionais do setor, mas isso é ilusório.
Desde os tempos de Guttenberg que a área gráfica foi resultado do agrupamento de diferentes tecnologias com um único objetivo: reproduzir textos e imagens o melhor e mais corretamente possível. Para isso é necessário que conheçamos bem o procedimento convencional antes de nos enfronharmos com as tecnologias digitais. Nada contra elas, muitíssimo pelo contrário: tudo a favor. Só que praticamente tudo o que hoje fazemos com o uso de meios digitais foi feito antes no meio convencional. Sem conhecer os procedimentos convencionais temos mais um problema, além do problema que já é conhecer o funcionamento e a operação dos sistemas de computação gráfica.
Por isso a dica é: seja disciplinado, aprenda primeiro o que se faz no meio convencional, em seguida aprenda a operar bem a estação gráfica e aí sim junte as duas coisas.

Periféricos

O investimento em alguns periféricos, para quem pretende trabalhar por conta própria, acaba se tornando indispensável. Aqueles que querem trabalhar com design gráfico e/ou direção de arte hoje precisam, mais do que nunca, conhecer e operar equipamentos digitais de captura de imagens: máquinas fotográficas digitais. Muitos problemas de produção de imagens para trabalhos gráficos já são solucionáveis com as imagens capturadas pelas máquinas fotográficas com resolução mais elevada. Contudo precisamos ter o devido cuidado, pois trabalhos de maior necessidade de qualidade ou de maior tamanho necessitam de registros fotográficos mais apurados, e aí... ainda são os feitos com equipamentos convencionais que são os indicados. Só não sabemos por mais quanto tempo, é impossível negar que, em muito pouco tempo, os produtos das máquinas digitais devem substituir os das convencionais.

Portfólio

A dica que é dada nessa quinzena é mais de autoprodução: muitos alunos pedem orientação sobre como montar um portfólio para procurar uma vaga de estágio ou mesmo trabalhos como profissional free-lancer no mercado. Atualmente as apresentações profissionais tendem a também serem feitas, como todo o resto, através de peças virtuais: websites pessoais e CD-Rons auto-executáveis são opções viáveis e cada vez mais utilizadas. Mas as velhas pastas físicas não devem ser descartadas, mesmo para os profissionais mais focados em trabalhos para web. Aí devemos escolher entre dez e quinze trabalhos, os organizar do melhor para o "menos melhor", colocar na primeira página o que consideramos melhor de todos e, nas páginas seguintes, fazer uma seqüência que irá do "menos melhor" ao "segundo" melhor progressivamente.

Empreendedorismo

Como muitos alunos manifestam a vontade de trabalhar por conta própria a dica vai para eles: montar seu próprio negócio. Nessa quinzena vamos nessa direção: trabalhar como free-lancer (ou autônomo), no mercado atual, praticamente exige a montagem de uma pessoa jurídica - uma empresa. As vantagens que essa atitude pode gerar são em número bem maior que as desvantagens, basta não querer "inventar", pagar os impostos, operar direitinho com a nota fiscal e, principalmente, usar boleto de cobrança bancária. O boleto é que dá uma garantia bem maior do recebimento dos valores devidos pelos trabalhos efetuados.

Tipologias para internet

Em projetos para a internet a indicação é usar tipologias da família das lapidárias, pois a conformação do tipo na tela faz-se através dos píxeis que dão aos outros grupos de fontes um acabamento menos propício para uma boa leitura.

Processos digitais de impressão

As escolhas de processos digitais para produção de determinados impressos deve ser orientada principalmente pela tiragem, mas também pelo custeio. As chamadas impressões digitais ainda estão fortemente direcionadas por suas matrizes de custo para o mercado de impressão por demanda, ou seja impressos com pequenos volumes que podem se repetir com certa periodicidade, menos constante.

Tonalidade do papel

A cor do papel pode ter influência direta na qualidade das imagens impressas. Assim, na hora de escolher o papel para um determinado trabalho gráfico verifique antes se sua tonalidade não pode causar problemas nas cores das imagens que serão impressas.

Tintas gráficas

Um projeto que trabalhe com cores especiais deve ter a determinação dessas primeiro feita pela escala Pantone, pois somente quando a escolha das cores parte dessa escala podemos obter uma correspondência total entre ela, a escala europa (CMYK), a escala de cores luzes (RGB) e a escala de cores para web.

Tintas gráficas 2

As características técnicas das tintas gráficas não podem ser afetadas por "erros de projeto". Caso alguma coisa dê errado em um trabalho e o gráfico aponte a reologia da tinta, o tack ou qualquer outra característica físico-química da tinta como causadora do problema, e vincule isso ao projeto imputando ao tal "erro" a responsabilidade pelo problema você deve rir e dizer para ele não tentar lhe enrolar, voltar para máquina e refazer a impressão, pois por aquela nem você, nem seu cliente, irão pagar.
Problemas como arrancamento (quando a impressão fica com falhas onde o papel parece ter sido esfolado) ou repinte (quando a imagem de um lado decalca no outro) são problemas que por nada, mas por nada mesmo, podem ter sido provocados por "erros de projeto".

Tintas gráficas 3

Existem tintas de impressão na cor branca, tanto opacas quanto transparentes.
O chamado "branco opaco" é muito utilizado em serigrafia, mas em outros processos gráficos igualmente, para uma impressão de base sobre materiais transparentes ou com cores escuras que possibilite a impressão das outras cores sem alteração dos seus tons. Já no processo offset o uso de "branco opaco" não é das coisas mais bem quistas pelos gráficos, uma vez que o pigmento da tinta é um tanto ao quanto grosso e costuma prejudicar a rolagem de entintamento, mas também é uma opção de cor utilizável nesse processo.

Escolhendo uma gráfica

A escolha da gráfica que irá imprimir o trabalho deverá levar em consideração a tiragem planejada.
Pequenas tiragens, pequenas gráficas. Tiragens medianas, gráficas medianas. Grandes tiragens, grandes gráficas.
O ideal é que tenhamos uma relação de parceria com, no mínimo, três empresas de cada porte. Assim o risco de ficarmos sem fornecedor é bastante reduzido. Lembre-se sempre: relação de parceria é aquela que é boa para ambos: nem a gráfica pode aplicar um "balão" em você - tal como não entregar no prazo acordado um trabalho sem uma boa justificativa -, muito menos você deve concordar em por pressão sobre o fornecedor para obter o trabalho em um prazo "maluco" para satisfazer alguma vontade dos seus clientes.
Muitas vezes os clientes atrasam a aprovação do layout ou das provas e, depois, ficam pressionando para "recuperar" o atraso que eles causaram.

Formato do impresso

Projetos são uma previsão e uma ordenação da produção industrial de um impresso. Sendo assim devem levar sempre em conta os dados desse tipo de processo. Para se fazer isso o melhor é pensar sobre as principais necessidades da produção antes de começar qualquer coisa, e em um impresso, isso significa estudar o uso do papel.
O formato do impresso deve visar sempre o melhor aproveitamento do papel de impressão. Existem "tabelinhas" que na verdade não levam em consideração "bobagens" como a pinça da máquina, o refile e outras coisas absolutamente necessárias sendo, obviamente equivocadas. Devemos sempre descontar primeiro esses valores e só então pensar na divisão da área útil do papel.

Sistemas de prova

Os sistemas de prova para impressos - como de resto quase tudo em artes gráficas - também sofreram grandes alterações com a introdução das tecnologias digitais. Com relação aos impressos que serão produzidos diretamente em equipamentos digitais de impressão, para que se obtenha provas com cores fidedignas às das imagens finais no impresso, basta fazer as provas nos mesmos equipamentos. Os resultados visuais apresentados aos clientes serão exatamente iguais aos obtidos nas tiragens posteriores.

Sistemas de prova 2

Continuando com os tipos de prova: vai aqui uma recomendação para os impressos no tradicional sistema convencional de offset: provas de prelo são sempre as que mais se aproximam do resultado final na produção. São mais dispendiosas, mas valem o investimento.

RGB | CMYK

A escolha do modo de cor para cada imagem deve seguir sua aplicação. Vamos falar dos dois principais: imagens no modo RGB (do inglês Red, Green e Blue) serão destinadas para aplicação em meios cuja formação da imagem seja por fontes luminosas (como vídeo e web) já o padrão CMYK (também do inglês Cyan, Magenta, Yellow e BlacK) se destina ao meio impresso, onde a reprodução das imagens se faz através das tintas dessas cores. Basta lembrar da estação de trabalho: monitor = RGB, impressora = CMYK.

Evitando defeitos

Cuidado com as imagens que se aproximam das bordas do impresso. Sempre deve haver uma "sobra", tanto para dentro quanto para fora, isso serve para que evitemos o surgimento de "unhas" (fios brancos) ou que a imagem seja degolada (tenha parte importante do seu conteúdo atingida pelo corte).

Escolhendo tipologias

Escolher tipologias para trabalhos de design sempre foi um dos elementos mais importantes, observar com cuidado suas características, verificar se essas se coadunam com as necessidades do trabalho é uma das melhores dicas para o trabalho funcionar bem. Outro "macete" importante é nunca se esquecer de levar os arquivos de fontes, que forem necessários aos trabalhos, para onde quer que formos produzir impressões digitais, fotolitos ou mesmo matrizes em CTP.

Escala Europa x cores especiais

Cuidado ao escolher as cores no seu programa de montagem, ou no seu programa de edição de imagens. Optando por uma cor Pantone você irá gerar mais uma entrada, e mais um custo. Normalmente o correto é, no final de tudo, converter todas as cores para escala Europa (padrão CMYK), a não ser que estejamos trabalhando com cores especiais.

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